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sábado, 11 de setembro de 2010

Resolvi sair de férias por 26 minutos.

O calendário normal de trabalho prevê férias de 30 dias a cada ano completo de ofício.
Dessa forma, é bastante óbvio que os profissionais dediquem horas e horas de seus dias na ativa para planejar os tão almejados momentos de folga, que, permitam-me, devem ser vividos como rei.
Meu objetivo, confesso, não era este no momento em que começei a navegar pelos site de diversos hotéis espalhados pelo Brasil.
Eu tinha a seguinte tarefa: pesquisar bons sites hoteleiros para servir de inspiração para a construção do novo site do hotel da família.
Assim começei minha jornada. Check in feito, viajei de primeira para o Nordeste.
Pernambuco parecia uma boa opção. O destino foi o www.nannai.com.br
Logo que o download do site foi concluído, senti de forma imaginária a brisa amena balançando as planilhas de excel que recostavam sobre minha mesa.


As fotos em alta definição e de largos formatos permitiam a sensação de se estar dentro do hotel, vislumbrando seus tamanhos dos quartos, a extensa grama dos jardins e a paisagem dos coqueiros e faixas de areia junto ao mar.
Pouco texto, pouca baboseira e mais espaço para o descanso dos olhos combinavam com o desejo de só relaxar a mente ao visitar o site.
Dois minutos por ali e eu já me sentia relaxado.

Arrumei minhas malas, (digo, minhas abas no monitor), e segui estrada para o próximo destino: Sampa. Sempre sampa, a bela e cosmopolita cidade de São Paulo.

Chegando lá o destino não poderia ser outro senão o Fasano. www.fasano.com.br
Bairro dos Jardins, próximo a Oscar Freire e aquele ambiente cool das agências de propaganda.
Logo de entrada a luz baixa e o tom creme das paredes do site me trouxeram a vontade de pedir um bloody mary e afrouxar o nó da gravata.


Ps: se vc está no Fasano em São Paulo, obviamente você foi por alguma importante reunião.
O Clima de trabalho é obrigatório nessa cidade,não tem graça se não for assim.
O lobby bar, as fotos feitas com iluminação precisa, o detalhe dos restaurantes, todos são pequenos arranjos que almejamos ao olhar o site de um hotel.. e todos estavam ali. A tendencia para realizar a reserva é bem maior quando nos sentimos confortaveis com o que vemos.

Sem perder o ritmo de luxo minimalista do Fasano, coloquei um dockside imaginário,
vesti uma camisa branca de linho, aproveitei os benefícios concedidos e migrei para o link do Fasano no Rio,
aí virou covardia.

Cadeiras na varanda desenhadas por Sérgio Rodrigues, Guarda sol verde escuro com água de côco ao alcance das maos na praia, flores amarelas na estante do quarto

E nada de muito enfeite para não tirar a beleza do Rio de Janeiro

Pronto, era o minimalismo sendo representado da forma mais brilhante em um site hoteleiro.
Não precisava de mais nada.

Depois disso fiz a besteira de entrar nos sites das grandes redes de hotéis.
Muito mal representados, estes sites de locais que pregam as 5 estrelas em suas recepções,
são ilustrados como uma propaganda do magazine luiza no intervalo do fantástico.

Mesmo sendo um programa maravilhoso fazer esta pesquisa, eu ja tinha outros afazeres e sabia que minhas férias virtuais estavam chegando ao fim.
Bem, para fechar com chave de ouro minha viagem, resolvi ir para o sul, para santa catarina mais especificamente, no hotel da Ponta dos Ganchos

O que é bacana nesse site é que ele permite que voce entenda toda a regiao que abriga o hotel
Pelo site voce sabe que existe uma vila de Pescadores que leva os peixes fresquinhos para o restaurante,
Sabe tambem que existe uma loja de artesanato proxima aos bangalos e que tudo gira como um ecossistema, de forma natural.
O hotel divulga a regiao, a regiao enriquece o hotel.
Uma troca muito respeitosa.


Da mesma forma que o Fasano e o Nannai, a ponta dos ganchos ganha destaque pelo minimalismo de informacoes, apenas o necessario, mas sem deixar o visitante com duvidas.



Bonus para as informacoes sobre os chefs de cozinha e perda de pontos pelo esquema de reservas e cotacoes que realmene achei muito confuso.

Mas enfim, dentro destes 26 minutos que naveguei por estes sites, pude despertar o desejo de conhecer alguns lugares apenas pelo que foi mostrado atraves de uma pagina na internet
e da mesma forma perdi a vontade de conhecer outros pela desorganizacao ja apresentada virtualmente pelo hotel

Sao apenas reflexos da forma como o branding se apresenta no ramo de servicos. Tudo tem que estar caprichado e interligado para que o consumidor abra a carteira e leve faturamento ao estabelecimento.
Simples assim. Complexo assim.
Boas férias!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Branding em Pontos de Venda


Que um site, uma logo e um slogan falam muito sobre uma marca é mais que sabido - e em época de ainda descoberta do virtual, parece que a atenção e os investimentos em branding vão todos para estes campos. Enquanto isso, espaços físicos, de divulgação promocional e institucional, de convivência e relacionamento com o público volta e meia são esquecidos.

Por isso, é ótimo ver ações de marcas que se importam - e bastante - com seus pontos de venda. Entre estas, ganham destaque importante as redes de franquias e as lojas-conceito.

Nos dois casos, o maior objetivo é claro: promover a identidade da marca. No lado das franquias, isso acontece por meio da escolha da arquitetura, que destaca e uniformiza.

Ou seja, o telhadinho vermelho e os toldos pretos da Pizza Hut, a parede de tijolinhos do Subway e as prateleiras escuras forradas de livros da Livraria da Travessa não apenas compreendem mais uma ação de branding, levantando uma visão única a ser passada, mas também indicam para quem passa perto que ali está mais uma loja da rede já tão conhecida e próxima do seu dia a dia.





Já nas lojas-conceito, por mais que não haja essa reconhecimento direto onde quer que a marca esteja, os pontos de venda feito sob medida para um produto ou ideia se configuram como grande ação de branding.

Nesses projetos, o conceito (como o nome já diz) da marca ou do produto específico é passado de uma forma diferente, com todo um ambiente contribuindo e reforçando a posição que se pretende. Um dos maiores exemplos que se tem é o da loja da M&Ms em NY (tem também em Las Vegas e em Orlando). São 2.200 m² na Times Square só com produtos, brinquedos e M&Ms gigantes com temas locais.

Não fugindo muito disso, a Kellogg’s acaba de lançar, também na Times Square, uma loja-conceito da sua Pop-Tarts (uma tortinha doce que vende como água por lá). Ela segue o mesmo esquema, vendendo tudo que é produto ligado à marca e com algumas máquinas/brinquedos para os visitantes.

As duas funcionam praticamente como um parque de diversões, que, claro, deve faturar um bom dinheiro com tudo que vendem, mas têm como objetivo principal deixar a marca sempre admirada e com sua mensagem escrita na cabeça dos consumidores.





De franquias, temos alguns cases legais por aqui (como as já mencionadas lojas da Farm), mas de conceito, ainda pouca coisa. É esperar pra ver se as marcas daqui se mexem!


* De uma conversa há umas semanas, tentei animar o Beto a voltar com o blog e me incluir nessa. Deu certo e agora o Cool Branding começa a ter contribuições minhas também. Acompanhem - prometo que os próximos posts serão menores ;) !