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quinta-feira, 21 de julho de 2011

A estrela e o santo.

Volta e meia, quando a idéia volta de viagem, convido-a para passar algum tempo aqui em casa. O resultado é sempre bacana já que ela toda vez traz algo novo para dividir.
Explico: não gosto da forma de se dizer “tive uma idéia”. Ao meu ver  ela nao nos pertence, apenas nos visita quando estamos preparados. Assim pensavam os egípcios, que creditavam o estalo para novos projetos aos deuses que os visitavam.

Dia desses a idéia passou por São Paulo e resolveu tomar uma café lá na casa do Alex Atala. O Alex que também é sujeito do mundo como a própria idéia, bateu um papo com ela sobre brasilidade. Com direito a pudim de leite da avó e visita de estrela e santo, nasceu desse papo o Dalva & Dito.


A Dalva é uma estrela e o Benedito é um santo e os dois são pra lá  de arriados  de brasileiros. Lembrando das comidas desse país que marcam a nossa memória, ficaram todos com água na boca e resolveram montar um restaurante para lembrar a todo mundo como nesse Brasil tem comida boa.



O Restaurante Dalva & Dito fica na rua Padre João Manoel, número 1115, perto da esquina entre a Oscar Freire e Haddock Lobo.  Já fica o conselho para você nao ir de carro.  A caminhada após o almoço com direito a pit stop nas livrarias da região, faz, obrigatoriamente parte do programa.




A comida preparada pelo Alain Poletto é “simplesmente” muito boa e fácil de elogiar, mas existe um outro lado do restaurante que deve ser igualmente elogiado e o qual eu gostaria de abordar hoje: o lado da estratégia de branding do Dalva & Dito.



Da lata de manteiga servida no couvert, ao sabonete que você lava as mãos, tudo foi pensado para valorizar as marcas brasileiras. Se você pedir  cerveja nao vai encontrar nem Heineken, nem Stella, mas poderá conhecer a Cerpa do Pará ou a Backer de Minas Gerais.





Aos amantes do café espresso de escritório, essa é a chance de lembrar do café de bule da avó, servido na xícara pequena que esquenta a mão e que quando era quente demais derrubávamos no chão.




A descrição dos pratos tem a mão um redator publicitário com menções que aguçam nossa imaginação, como exemplo do pudim de leite.



Nas paredes, ao invés de gravuras de Manhattan, artesanatos dos índios e no chão ao invés de mármore, o desenho das lajotas das casas de fazenda dos nossos antigos senhores do engenho.





Voltei aos livros de história das 6a série e ao almejado almoço que se seguia ao bater o sinal informando a hora de saída do colégio.





quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O que te faz comprar?

Chegada a época do Natal, as luzes se acendem, os pinheirinhos se levantam
e os shoppings se preparam, pois nesse próximo mês, a maioria das pessoas passará mais tempo lá do que a média de todos os outros meses do ano.

É curioso pensar, mas tudo leva ao Shopping no mês de Dezembro.

As aulas acabaram, temos mais tempo de ir ao cinema e passear pela lojas.
Para os apressados, os presentes ainda não foram comprados e não se pode deixar para última hora.
Para os pais de crianças pequenas é a chance de bater a foto do filho com o papai noel.
E para todos, essa é a época de conferir a decoração de natal e deixar bater aquela sensação de comemoração chegando.
Sabendo disso, é grande a preocupação que os shoppings tem ( ou pelo menos deveriam ter)
ao montar suas decorações de natal.
Para alguns empresários do ramo, o volume de pessoas nos shoppings passa a ser 20% maior perto da época do natal. Já o volume de compras passa a ser proporcional ao sentimento de natal em cada pessoa.

Mais do que o controle de orçamento, a vontade da compra está no imaginário de cada pessoa.
Está na imagem que criamos do exato momento em que entregamos o presente a quem gostamos e em seguida recebemos em troca um sincero sorriso.


Para cativar esta imaginação é que os shoppings devem se preocupar em criar um ambiente mágico no natal.

Interessado nisso,
pesquisei um pouco sobre a criatividade que cada shopping teve este ano para criar o seu natal.
Alguns exemplos são daqui de Curitiba e outros de localidades próximas como os shoppings de São Paulo

Para começar, me chamou bastante atenção o bom gosto do Park Shopping Barigui este ano.
Ontem quando fui ao cinema, deixamos para depois a visita em qualquer loja para conferir antes a grande colméia da árvore de natal da família urso



Mais do que a colméia, a decoração da paulista Cecília Dale, trouxe também uma família de pequenos ursos nos seus berços e poltronas xadrez que lembram os desenhos da infância.



Do outro lado da cidade, o Shopping Mueller chamou a atenção com uma orquestra, uma árovre de natal gigante e um sorteio não tão convencional: uma range rover e um loft.





Já o Shopping Estação preocupou-se mais com o entretenimento do seu público.
Trouxe como atração um trenzinho, coral de natal, patinação no gelo e uma mini vila do Papai Noel. As fotos não foram disponibilizadas. Para mim faltou bom gosto, mas tá lá o investimento.

O que me deixou inconformado foi a "preguiça" que o Shopping Crystal teve com a sua decoração.
O investimento foi mínimo: uma árvore básica ali, uma iluminação mais do mesmo ali fora, e só.
Para um shopping representativo do batel e de uma região da cidade já conhecida pelo nível crítico de seus moradores, o Crystal fez questão de demonstrar que preocupou-se apenas o mínimo possível com o natal e corre o risco de ter ainda menos visitantes que vem recebendo ultimamente.

São Paulo

São Paulo é referência obrigatória em branding e qualquer outro tópico relacionado a economia.
A criatividade para movimentar isso é inspiração para as marcas daqui.
O Iguatemi trouxe personagens gigantes para as suas portas de entrada, assim como a Fao Schwarz faz em NY e em seu interior distribuiu cantores fantasiados distribuindo doces para as crianças.










Para concluir, o Cidade Jardim teve a ideia que eu mais gostei:
montou uma oficina para as crianças plantarem e levarem para casa o seu próprio pinheirinho.
Os ajudantes, vestiram-se de jardineiros de natal e passeavam pelo shopping regando suas plantas e convidando as crianças para a oficina.

Os adultos também foram lembrados, presenteados com rosas brancas e música ao vivo.









É isso, feliz natal.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

You say you want a revolution, I tell you that it's evolution.

O sentimento de revolução é inerente ao nosso pensamento a partir do momento em que nos tornamos parte desse mundo, quem sabe até antes disso.

Talvez seja alguma inquietação que enxergamos desde o segundo em que nos sentimos desconfortáveis com o tamanho da barriga de nossas mães e exprimimos a vontade de revolucionar tudo aquilo e dar boas vindas ao que nos espera lá fora.

O confuso é que, por revoluções pode-se compreender um campo muito vasto de interpretações.
Não quero excluir nenhuma. Neste caso quero mencionar desde as ebulições de ideias que temos em nossas cabeças, as batalhas travadas contra a rotina e ao regime e até o sentimento de luta por algo maior (que por consequência mobiliza uma pessoa, e outra, até que se forme uma legião de pessoas com o mesmo objetivo e estas passem a literalmente lutar por algo).

Existe um motivo, em especial, pelo qual me interessei em tocar nesse assunto:
Toda e qualquer revolução é , determinantemente, algo que nasce em nosso consciente.
Algo que nasce num singelo lugar que é a nossa cabeça.
Ideias que mudam o rumo das coisas começam todas em um exclusivo lugar que é o universo psicológico de seu autor. Doido, não?

Pessoalmente, passei nos últimos dias por uma dessas revoluções.
Fui pego por uma cambada de vagabundos que me sequestrou para conseguir algum trocado.
Meu cativeiro, durante as horas em que passei com eles, foi o porta malas de meu carro.
Foram cerca de 6 horas em que uma vida inteira passou pela minha cabeça.
Curiosamente esta vida inteira se resumiu nas pessoas que mais gosto e nos momentos que gosto de dividir com elas, simplesmente isso.

Quando tudo, ao final, acabou bem, essa ebulição de ideias se transformou em uma sólida e convicta tranformações de atitudes. Foi algo que mudou automaticamente em mim,
nem pensei em agir assim, apenas passei a me comportar e enxergar as coisas um pouco diferente.

E esta maluquice de comportamento se expressou em coisas simples, ridiculamente simples.
O abraço seguinte a libertação, por exemplo, foi uma coisa única.
O café da manhã do dia seguinte, foi maravilhoso! (e olha que nem tinha nutella lá em casa).
O olhar dividido entre duas pessoas ficou o dia todo voltando em minha cabeça porque foi algo dividido apenas por duas pessoas que sabiam o que aquilo siginificava.
Enfim, todos essas curtas experiências sensoriais re-afirmavam o que pensei lá no porta-malas:
a simples valorização de momentos compartilhados com quem gostamos é o que constrói o que a gente chama de vida.

Ps: Só para contextualizar, achei pertinente escrever isso no blog porque essa revolução de pensamentos nas pessoas é o que faz o branding e a gestão da nossa única marca, que somos nós mesmos.

Um abraço,
Luiz Alberto Cesar.

sábado, 11 de setembro de 2010

Resolvi sair de férias por 26 minutos.

O calendário normal de trabalho prevê férias de 30 dias a cada ano completo de ofício.
Dessa forma, é bastante óbvio que os profissionais dediquem horas e horas de seus dias na ativa para planejar os tão almejados momentos de folga, que, permitam-me, devem ser vividos como rei.
Meu objetivo, confesso, não era este no momento em que começei a navegar pelos site de diversos hotéis espalhados pelo Brasil.
Eu tinha a seguinte tarefa: pesquisar bons sites hoteleiros para servir de inspiração para a construção do novo site do hotel da família.
Assim começei minha jornada. Check in feito, viajei de primeira para o Nordeste.
Pernambuco parecia uma boa opção. O destino foi o www.nannai.com.br
Logo que o download do site foi concluído, senti de forma imaginária a brisa amena balançando as planilhas de excel que recostavam sobre minha mesa.


As fotos em alta definição e de largos formatos permitiam a sensação de se estar dentro do hotel, vislumbrando seus tamanhos dos quartos, a extensa grama dos jardins e a paisagem dos coqueiros e faixas de areia junto ao mar.
Pouco texto, pouca baboseira e mais espaço para o descanso dos olhos combinavam com o desejo de só relaxar a mente ao visitar o site.
Dois minutos por ali e eu já me sentia relaxado.

Arrumei minhas malas, (digo, minhas abas no monitor), e segui estrada para o próximo destino: Sampa. Sempre sampa, a bela e cosmopolita cidade de São Paulo.

Chegando lá o destino não poderia ser outro senão o Fasano. www.fasano.com.br
Bairro dos Jardins, próximo a Oscar Freire e aquele ambiente cool das agências de propaganda.
Logo de entrada a luz baixa e o tom creme das paredes do site me trouxeram a vontade de pedir um bloody mary e afrouxar o nó da gravata.


Ps: se vc está no Fasano em São Paulo, obviamente você foi por alguma importante reunião.
O Clima de trabalho é obrigatório nessa cidade,não tem graça se não for assim.
O lobby bar, as fotos feitas com iluminação precisa, o detalhe dos restaurantes, todos são pequenos arranjos que almejamos ao olhar o site de um hotel.. e todos estavam ali. A tendencia para realizar a reserva é bem maior quando nos sentimos confortaveis com o que vemos.

Sem perder o ritmo de luxo minimalista do Fasano, coloquei um dockside imaginário,
vesti uma camisa branca de linho, aproveitei os benefícios concedidos e migrei para o link do Fasano no Rio,
aí virou covardia.

Cadeiras na varanda desenhadas por Sérgio Rodrigues, Guarda sol verde escuro com água de côco ao alcance das maos na praia, flores amarelas na estante do quarto

E nada de muito enfeite para não tirar a beleza do Rio de Janeiro

Pronto, era o minimalismo sendo representado da forma mais brilhante em um site hoteleiro.
Não precisava de mais nada.

Depois disso fiz a besteira de entrar nos sites das grandes redes de hotéis.
Muito mal representados, estes sites de locais que pregam as 5 estrelas em suas recepções,
são ilustrados como uma propaganda do magazine luiza no intervalo do fantástico.

Mesmo sendo um programa maravilhoso fazer esta pesquisa, eu ja tinha outros afazeres e sabia que minhas férias virtuais estavam chegando ao fim.
Bem, para fechar com chave de ouro minha viagem, resolvi ir para o sul, para santa catarina mais especificamente, no hotel da Ponta dos Ganchos

O que é bacana nesse site é que ele permite que voce entenda toda a regiao que abriga o hotel
Pelo site voce sabe que existe uma vila de Pescadores que leva os peixes fresquinhos para o restaurante,
Sabe tambem que existe uma loja de artesanato proxima aos bangalos e que tudo gira como um ecossistema, de forma natural.
O hotel divulga a regiao, a regiao enriquece o hotel.
Uma troca muito respeitosa.


Da mesma forma que o Fasano e o Nannai, a ponta dos ganchos ganha destaque pelo minimalismo de informacoes, apenas o necessario, mas sem deixar o visitante com duvidas.



Bonus para as informacoes sobre os chefs de cozinha e perda de pontos pelo esquema de reservas e cotacoes que realmene achei muito confuso.

Mas enfim, dentro destes 26 minutos que naveguei por estes sites, pude despertar o desejo de conhecer alguns lugares apenas pelo que foi mostrado atraves de uma pagina na internet
e da mesma forma perdi a vontade de conhecer outros pela desorganizacao ja apresentada virtualmente pelo hotel

Sao apenas reflexos da forma como o branding se apresenta no ramo de servicos. Tudo tem que estar caprichado e interligado para que o consumidor abra a carteira e leve faturamento ao estabelecimento.
Simples assim. Complexo assim.
Boas férias!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Branding em Pontos de Venda


Que um site, uma logo e um slogan falam muito sobre uma marca é mais que sabido - e em época de ainda descoberta do virtual, parece que a atenção e os investimentos em branding vão todos para estes campos. Enquanto isso, espaços físicos, de divulgação promocional e institucional, de convivência e relacionamento com o público volta e meia são esquecidos.

Por isso, é ótimo ver ações de marcas que se importam - e bastante - com seus pontos de venda. Entre estas, ganham destaque importante as redes de franquias e as lojas-conceito.

Nos dois casos, o maior objetivo é claro: promover a identidade da marca. No lado das franquias, isso acontece por meio da escolha da arquitetura, que destaca e uniformiza.

Ou seja, o telhadinho vermelho e os toldos pretos da Pizza Hut, a parede de tijolinhos do Subway e as prateleiras escuras forradas de livros da Livraria da Travessa não apenas compreendem mais uma ação de branding, levantando uma visão única a ser passada, mas também indicam para quem passa perto que ali está mais uma loja da rede já tão conhecida e próxima do seu dia a dia.





Já nas lojas-conceito, por mais que não haja essa reconhecimento direto onde quer que a marca esteja, os pontos de venda feito sob medida para um produto ou ideia se configuram como grande ação de branding.

Nesses projetos, o conceito (como o nome já diz) da marca ou do produto específico é passado de uma forma diferente, com todo um ambiente contribuindo e reforçando a posição que se pretende. Um dos maiores exemplos que se tem é o da loja da M&Ms em NY (tem também em Las Vegas e em Orlando). São 2.200 m² na Times Square só com produtos, brinquedos e M&Ms gigantes com temas locais.

Não fugindo muito disso, a Kellogg’s acaba de lançar, também na Times Square, uma loja-conceito da sua Pop-Tarts (uma tortinha doce que vende como água por lá). Ela segue o mesmo esquema, vendendo tudo que é produto ligado à marca e com algumas máquinas/brinquedos para os visitantes.

As duas funcionam praticamente como um parque de diversões, que, claro, deve faturar um bom dinheiro com tudo que vendem, mas têm como objetivo principal deixar a marca sempre admirada e com sua mensagem escrita na cabeça dos consumidores.





De franquias, temos alguns cases legais por aqui (como as já mencionadas lojas da Farm), mas de conceito, ainda pouca coisa. É esperar pra ver se as marcas daqui se mexem!


* De uma conversa há umas semanas, tentei animar o Beto a voltar com o blog e me incluir nessa. Deu certo e agora o Cool Branding começa a ter contribuições minhas também. Acompanhem - prometo que os próximos posts serão menores ;) !

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Dá pra fazer melhor?

Entro no carro e ligo o rádio, a música é boa , aumento o volume.

No momento em que começo a cantar, sou interrompido por xilofones e por uma trilha de fundo barata que anuncia o começo de mais um horário eleitoral gratuito.

Ao virar a esquina um rosto careca e de bigode surge na minha frente,
convida-me para guardar uma sequência de números estranhos...é mais um candidato em uma placa.

A cada dois anos é assim: chega o mês de Agosto e as cidades são invadidas por uma onda de cartazes, banners, muros pintados, placas e plaquetas com o intuito de divulgar os candidatos ao meio legislativo.

A quantidade de mídia utilizada é tanta nessa época que a Coca Cola chega a parecer um pequeno anunciante de bairro.




Com tanta grana colocada, é de se imaginar que as campanhas são excelentes..quem sabe cases para o próximo festival de cannes.
Mas não.
Ano após ano o que se vê são os mesmos fundos em degradê, as mesmas fotos estouradas e as mesmas fontes em bold, itálico, sombreado, red hot chilli peppers, twist carpado dayane dos santos.




E é aí que eu me pergunto: não dá pra fazer melhor, não?




Alguns candidatos chegam a movimentar em seu mandato uma verba maior que empresas de faturamento considerável.
Chegam a ter uma exposição na mídia maior que boas indústrias de bem de consumo!
E ainda assim nenhum deles parou para pensar que, eles mesmos, são também uma valiosa marca.




Se voltarmos na história vamos perceber que uma vez alguém fez seus anúncios desse jeito "interiorano" com sua foto e sua fonte e..eureka, deu certo!
Como nesse mundo nada se cria, tudo se copia, vieram os outros candidatos e... bam! colocaram tudo igual.
Resultado daí para frente? Criamos em nossa mente um bloqueio com essas campanhas, ninguem gosta, ninguem dá bola.
Colocamos o adesivo no carro porque somos amigos do candidato ou amigos do amigo do candidato e aí todo mundo se ajuda porque no futuro a promessa é boa.



A verdade é que a propaganda, o design,
enfim, o bom gosto ainda não conheceu as campanhas políticas impressas no Brasil.
Na tv já conseguimos enxergar sacadas criativas, boas jogadas estratégicas, mas na rua continua a mesma lenga lenga.


Isso só vai mudar quando algum político perceber ou for avisado disso.
Do contrário as agências até tentam, mas o material aprovado no final é o "bom" e velho anúncio pro povão.

Fica portanto meu comentário final,
campanhas com bom gosto não seriam elitistas, conquistariam o povo e ainda e correriam o risco de virarem "uma coca cola toda"



domingo, 7 de março de 2010

Em viagem ao Rio de Janeiro neste último final de semana, fiquei impressionado com o cuidado com a marca que a Farm têm com as pessoas em suas lojas.
Como viajei junto a minha mãe e irmã, visitas a lojas de vestuário feminino eram frequentes. Para não ficar irritado, resolvi tentar entender o que cada loja carregava de "cool"em seu espaço e que poderia então prender tantas mulheres ali por horas a fio.

A roupa, seu conceito e seus cortes obviamente têm grande peso na identidade das pessoas com a marca, mas a valorização de seu espaço de venda é fundamental para um agradável momento de compra.

Foi assim que percebi que passeios como estes são ótimas experiências para perceber os erros que muitas lojas cometem ao não pensar no homem que muitas vezes acompanha a mulher no momento de compra.

Não foi uma nem duas vezes que conduzi a saída de alguma loja por ficar cansado de esperar em pé.
Resultado: sem compras naquela loja.

Já na Farm (R. Visconde de Pirajá, 365 - Ipanema / 21- 2522-0023), fui recebido por um puff extremamente comfortável, mulheres lindas e super atenciosas e suco de açaí. Isso mesmo: suco de açaí.

Explicação: a Farm percebeu que seu principal público concentrava-se em garotas de 20 a 25 anos, moradoras da zona sul carioca, com afinidade com praia.
Estas garotas muitas vezes iam acompanhadas de seus namorados, irmãos ou amigos para as compras.
Sem querer ter um pensamento estereotipado, mas pensando na média geral de homens e mulheres entre 20-30 anos, moradores da zona sul carioca e que identificam-se com praia,
a Farm percebeu que seu público gostaria de se sentir próximo de seus ambientes do cotidiano:
areia, quiosque, calçadão, festa, etc..
Foi assim que eles criaram um ambiente espelhado, com coqueiros, piso do chão que lembra areia, garotas da mesma idade das clientes atendendo de forma descolada, puffs espalhados e um carrinho bem no centro da loja com suco de laranja e açaí com a logo da Farm.
Brilhante!

Eu saí de lá defendendo a marca e minha irmã com um vestido comprado. Negócio feito.

Abaixo, o site da farm que vale a pena conferir e imagens das lojas da farm e sua inspiração.